Hoje é Dia Internacional da Mulher. Um dia sobre o Direito da Mulher e que acredito ser de consciência, celebração, reflexão e ação.
Se hoje vivemos em condições melhores do que nossas antepassadas 100 anos atrás é porque existe uma luta que atravessa gerações. Temos motivos para celebrar. Mas temos também ainda tanto a conquistar. Por nós, por todas as mulheres que ainda não acessam os direitos que muitas já acessamos e por todas aquelas que virão.
Penso aqui: qual legado eu deixo para minha filha, e, quem sabe, netas, bisnetas, tataranetas? Reflito que a cada mulher que se autoriza a colocar sua voz no mundo, todas falam mais alto. Que a cada mulher que não tolera desrespeito, todas se impõem. Que a cada mulher que apoia outra mulher, todas se fortalecem.
A revolução que eu me proponho a fazer todos os dias passa pela roupa. Mas para ela acontecer, dependo da disponibilidade e coragem de cada uma de vocês, todos os dias de manhã, quando escolhem se vestir de quem são. E tiram os seus sonhos do papel. E ousam ser PODEROSAS e FELIZES e MULHERES e INTEIRAS num mundo que não foi desenhado por nós ou para nós.
A pandemia não chegou ao fim e começou uma guerra. Tenho a sensação de que já não temos mais nada a perder… e que só o amor, a gentileza e a compaixão nos salvarão.
Hoje não é sobre parabenizar mulheres por nascerem mulheres (8 de março nunca foi sobre isso). Acredito que nesse 2022, mais do que nunca, é sobre todos os seres humanos na Terra resgatarem suas características mais femininas para que juntos iniciemos essa revolução.
